Em um mundo com rotinas cada vez mais corridas, uma alimentação saudável e balanceada acaba perdendo espaço para os famosos fast foods. Esse estilo de vida acaba abrindo margem para diversos problemas de saúde, sendo a obesidade um dos principais.

O que é a obesidade?

A obesidade é um problema de saúde crônico que consiste no acúmulo excessivo de gordura no corpo, ocasionada principalmente pela ingestão exagerada de calorias, tornando-a superior ao gasto energético do indivíduo.

Esse excesso de gordura pode se tornar extremamente prejudicial para a saúde, podendo contribuir para o surgimento de doenças como diabetes, problemas cardíacos, hipertensão, apneia do sono e até mesmo derrames. Por isso, os cuidados devem ser levados a sério mesmo que esteja ainda na fase inicial do problema.

O ganho de peso vem através da quantidade de calorias que é ingerido. Se esse valor for superior a quantidade que você gasta, o ganho de peso vem. Caso a pessoa tenha histórico de obesidade na família, aumenta a propensão de contrair a doença.

Graus da obesidade

A obesidade pode ser medida através do grau do IMC do seu corpo, da seguinte maneira:

1.    Entre 25 e 29,9 kg/m² = Sobrepeso;

2.    Entre 30 e 34,9 kg/m² = Obesidade grau I;

3.    Entre 35 e 39,9 kg/m² = Obesidade Grau II;

4.    Igual ou superior a 40 kg/m² = Obesidade Grau III.

Já outra maneira de classificar, é através do tipo de obesidade, que pode ser dividido em três categorias:

Homogênea

Esse tipo é quando a gordura está de forma homogênea no corpo, tanto nos membros superiores, na região abdominal e na parte inferior do corpo.

Androide

A obesidade androide é caracterizada por se espalhar em formato de maçã pelo corpo, ou seja, a gordura se concentra na região abdominal e torácica. Esse tipo normalmente atinge pessoas do sexo masculino e mulheres depois da menopausa.

Ginecoide

Por fim, temos a obesidade ginecoide que apresenta um formato de pera. A gordura fica concentrada na região inferior do corpo, precisamente no quadril, nádegas e coxas. Esse tipo de obesidade é bem comum entre mulheres, causando também o surgimento de varizes e quadros de artrose.

Causas da obesidade e os fatores de risco

 Normalmente a obesidade se origina por diversos fatores, englobando a propensão genética, o estilo de vida, o emocional e como é o ambiente que o indivíduo vive.

Pode ocorrer do problema ter origem patológica, como com a Síndrome de Cushing e a Síndrome de Prader-Willi. Porém, essas doenças são raras e normalmente as causas são bem mais comuns e parte do nosso cotidiano.

O fator está no estilo de vida e nos hábitos alimentares do indivíduo. Alinhando a inatividade com o consumo excessivo de calorias, o ganho de peso se torna inevitável. A “vilania” dos alimentos é protagonizada por fast foods e bebidas com alto teor de açúcar.

Em resumo os fatores que, quando combinados, podem contribuir no aumento de peso, são:

       genética, caso o paciente tenha histórico familiar de obesidade;

       alimentação não saudável;

       sedentarismo;

       doenças que contribuem para o ganho de peso ou retardam o metabolismo;

       efeitos colaterais de medicamentos;

       gravidez;

       problemas para dormir;

       dentre outros.

Obesidade no Brasil

No Brasil, a obesidade é uma realidade que atinge 18,9% da população do país. Pessoas com sobrepeso configuram 54%, ou seja, mais da metade dos brasileiros apresentam problemas com o peso.

O problema se torna mais crítico quando falamos dos mais jovens. Entre os anos de 2007 e 2017, os índices de obesidade aumentou em 110% em comparação com outras faixas etárias.

Os números de sobrepeso também se tornaram consideráveis, tendo um aumento de 26%, configurando no total 56% entre adolescentes e jovens, 33% para pessoas entre 25 e 34 anos, 25% de 35 a 44 anos e 14% para indivíduos com mais de 65 anos.

Segundo especialistas, esse cenário se dá ao fato de que antigamente as pessoas ingeriam opções mais saudáveis, diferente dos adolescentes de hoje em dia que preferem comidas industrializadas ou fast foods.

Doenças decorrentes da obesidade

Além de cansaço e dores a obesidade pode gerar diversas complicações, sendo elas:

       hipertensão;

       diabetes tipo 2;

       depressão

       doenças respiratórias;

       baixa autoestima;

       problemas cardíacos;

       colesterol alto;

       distúrbios no sono;

       problemas dermatológicos;

       dentre outros.

Principais tratamentos

Não existe uma solução milagrosa de tratamento. Em qualquer sinal de ganho de peso excessivo é necessário monitorar o estilo de vida, dar atenção para a importância de praticar atividades físicas e melhorar os hábitos alimentares.

O ideal é investir em uma alimentação balanceada compostas por frutas, legumes e vegetais, alimentos integrais e evitar o consumo de comidas industrializadas. Fast foods devem ser reduzidos drasticamente e a ingestão de bebidas com alto teor de açúcar ou muito calóricas.

É importante investir em atividades físicas de intensidade moderada por pelo menos 3x por semana para evitar o ganho de peso ou contribuir para uma perda mais moderada.

Caso busque por resultados mais significativos, a recomendação é dobrar para 5x por semana. É importante frisar que o aumento de tempo deve ser gradativo, de modo que o corpo se acostume sem desgaste.

Apostar em caminhadas também é bastante útil. Mesmo que não gere resultados tão significativos, qualquer prática de atividade física contribui para uma melhor circulação sanguínea e auxilia no aumento da aptidão para exercícios que exigem mais do corpo.