Com a chegada do outono e das temperaturas mais baixas, é natural que ocorra uma maior incidência em doenças respiratórias. É natural que surjam gripes e resfriados na maioria das pessoas.

No entanto, existem algumas doenças crônicas que acompanham constantemente seus portadores. Uma delas é a rinite alérgica. No Brasil, por ano, ocorrem mais de 2 milhões de casos da doença.

Apesar de ser um problema crônico e recorrente, a maioria das pessoas desconhecem quais são as causas e formas de tratamento eficientes. Se interessou pelo assunto? Continue acompanhando o nosso post!

Causas

Existem diversas causas para o surgimento da rinite alérgica, sendo as principais poeiras no ambiente, cheiros fortes, pólen e alguns alimentos. No Brasil, a poeira é a principal vilã da rinite alérgica.

Mas somente o pó é capaz de gerar essa reação no corpo? Em partes. O principal componente que contribui para o surgimento da rinite são os ácaros contidos na poeira. Esses microorganismos possuem substâncias no corpo e nas fezes que são altamente alergênicas para pessoas que possuem predisposição para a doença.

Na primavera e no início do outono, o pólen figura entre os principais vilões, pois nessas épocas é transportado pelo ar em maiores quantidades. Esse tipo de rinite é considerado sazonal e ocorre mais na parte sul do país.

Apesar de ser bem menos frequente que as demais, a alergia alimentar vem acompanhada com outros sintomas além da rinite, como por exemplo surgimento de urticárias, problemas no sistema gastrointestinal e até mesmo obstrução das vias respiratórias, dependendo da gravidade.

Cheiros fortes também podem contribuir como gatilho para o aparecimento da doença, devido às substâncias contidas. Perfumes, desinfetantes e aromatizadores, normalmente são feitos através de substâncias florais (que possuem pólen) ou o indivíduo pode ter alergia a algum componente contido no produto.

Sintomas

Os sintomas da rinite surgem normalmente pouco tempo depois do indivíduo ter contato com o gatilho da doença, também conhecido como alérgeno. Confira abaixo os principais sintomas:

  • Coriza
  • Espirros
  • Irritação nos olhos, nariz, garganta, boca ou na pele
  • Olhos lacrimejando
  • Após algumas horas, é possível que surjam também:
  • Tosses
  • Dor de garganta
  • Olheiras
  • Cefaleia
  • Fadiga
  • Congestão nasal
  • Inchaço nos olhos

Tipos de Rinite

Quando ficamos gripados, é natural que surja um quadro de rinite. Nesse caso, é a chamada infecciosa e o tratamento utilizado para a cura da gripe é eficaz para esse tipo de rinite.

No entanto, existem mais dois tipos de rinite, sendo eles a alérgica e a vasomotora/idiopática. Apesar de semelhantes e, muitas vezes, o indivíduo possuir ambos, existem algumas diferenças.

A rinite vasomotora ou idiopática é definida por um estado de reatividade aumentada à estímulos que, na maioria das vezes, não são específicos. Mudanças climáticas bruscas, odores fortes e irritantes (como a fumaça dos cigarros), podem ser gatilhos para esse tipo de rinite.

Já a alérgica pode ser definida por obstruções nasais, coriza, espirros e coceira no nariz. Normalmente esse quadro de rinite é genético e o surgimento dos sintomas ocorrem após o indivíduo ser exposto à alérgenos.

Tratamentos

O tratamento para pessoas que têm rinite é divido em três pilares, sendo eles a higiene do ambiente, o uso de medicamentos e imunoterapias.

Para a higiene do ambiente, é importante evitar que o indivíduo tenha contato com a substância causadora dos sintomas, sejam cortinas, carpetes, contato com animais, pelúcias, poeiras, odores fortes, etc. O local deve estar sempre bem ventilado e seco.

No que se refere os medicamentos, normalmente são utilizados corticoides, descongestionantes nasais e anti-histamínicos para controlar a doença. Como toda medicação, é possível que hajam efeitos colaterais e o uso de anti-histamínicos normalmente causa sonolência no paciente.

Por fim, tratamentos com imunoterapias normalmente são optados quando a higiene do ambiente e a utilização de medicamentos não são capazes de controlar ou amenizar a doença. Nesses casos, existem vacinas, injeções e gotas sublinguais que são utilizadas no paciente até o organismo deixar de ser hiper-reativo aos alérgenos.

Prevenção

A única forma de prevenção existente para os sintomas da doença é evitar o contato com os alérgenos que são de conhecimento do paciente, mas ainda assim as chances podem ser reduzidas por diversos fatores.

Não existe um método comprovado para evitar o surgimento de crises de rinite alérgica.